Notícia

Pesquisador avalia dor crônica após cirurgia de fratura de quadril em idosos

Resultados da pesquisa foram publicados na revista científica “British Journal of Pain”

Pixabay

Fonte

UFAM | Universidade Federal do Amazonas

Data

sábado, 13 julho 2019 10:00

Áreas

Fisioterapia. Biomecânica. Ortopedia. Saúde do Idoso. Dor.

A pesquisa intitulada ‘Investigação multidimensional da experiência de dor crônica e funcionamento físico após cirurgia de fratura de quadril: implicações clínicas’, de co-autoria do pesquisador Hércules Campos, professor do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), foi publicada recentemente na revista científica British Journal of Pain.

De acordo com o pesquisador, mensurar, qualificar, quantificar e averiguar se idosos após 4 meses de cirurgia por fratura de quadril desenvolviam dor crônica e os impactos dessa dor foi o objetivo do estudo. “Sabe-se muito pouco sobre idosos com dor nessa condição após o período agudo. Nesse sentido, este estudo é inédito, pois apresenta um instrumento para medir a dor, o algômetro digital”, disse o docente, que avaliou 50 idosos depois de submetidos a cirurgia na Santa Casa de Misericórdia (SUS) em Cachoeiro de Itapemirim-ES.

Hércules Campos afirma que a dor crônica significativa após a fratura do quadril nos idosos resulta em diminuição do funcionamento físico. No entanto, a investigação da dor nesta população é principalmente limitada à intensidade da dor autorreferida. “A avaliação detalhada da dor pode identificar alvos de intervenção além do seu alívio”, comentou o pesquisador, que ressaltou a importância do estudo no processo de investigação de múltiplas dimensões da experiência dolorosa (intensidade, dimensões sensoriais, afetivas, avaliativas e diversas) e correlacioná-las com a funcionalidade e limitações dos membros inferiores em atividades de vida diária.

Método

Dentre os aspectos metodológicos da pesquisa, Hércules Campos mencionou que os idosos passaram por uma ampla bateria de exames da funcionalidade, funções físicas e cognitivas. “A dor foi avaliada qualitativamente e quantitativamente. Um dos pontos fortes do estudo foi a validação e uso de um instrumento que mediu a dor desses idosos tirando dela o aspecto subjetivo, o que é inédito na literatura quando se trata desse grupo específico”, disse o pesquisador.

“Utilizamos a Numeric Rating Scale (NRS), o McGill Pain Questionnaire (MPQ) e um algômetro para avaliar a intensidade da dor, a qualidade e o limiar de dor à pressão, respectivamente. A funcionalidade e limitação dos membros inferiores em atividades básicas de vida diária (AVD) e atividades instrumentais de vida diária (AIVD) foram avaliadas por meio da Bateria de Desempenho Físico Curto (SPPB) e do Questionário Multidimensional de Avaliação Funcional do OARS”, completou o docente.

Algômetro

“A sensibilidade à dor foi mensurada por meio de medição da tolerância, usando o instrumento digital portátil chamado algômetro de pressão. Os limiares de pressão-dor foram avaliados em 6 pontos em torno da incisão cirúrgica (2 ou 3 cm) enquanto os participantes estavam sentados numa cadeira ou deitados na cama. A sonda do algômetro circular foi posicionada em um ângulo de 90 ° com a pele e foi pressionado constantemente e progressivamente, e os participantes foram orientados a dizer “parem” quando a sensação de pressão mudou para dor. Como familiarização, o algômetro foi usado pela primeira vez no antebraço ou na mão. Três repetições da medida (em N) foram tomadas em cada ponto, com um intervalo de 60 segundos entre eles, e a média das três medições foi usada para análise”, avaliou o professor.

Publicação

De acordo com o pesquisador, a revista em questão é uma das mais importantes do mundo em publicações sobre dor e nesse caso sobre dor em idosos, com abordagem multidisciplinar. “Os resultados da pesquisa direcionam os profissionais da saúde no cuidado e tomadas de decisão clínica que devemos ter com esse público para que eles não percam sua funcionalidade, não caiam novamente e não onerem (como acontece hoje o sistema de saúde – SUS) com gastos para tratamento de dor”, concluiu Hércules Campos.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia na página da UFAM.

Fonte: Universidade Federal do Amazonas. Imagem: Pixabay.

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