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Pesquisa visa ajudar bebês prematuros a respirar com mais facilidade

Especialista em neonatologia pretende identificar a mistura de oxigênio necessária para ressuscitar bebês prematuros e minimizar os riscos à saúde em longo prazo

Getty Images

Fonte

Universidade de Alberta

Data

sexta-feira, 14 fevereiro 2020 12:25

Áreas

Medicina. Neonatologia. Pediatria.

Embora a prática de titular o oxigênio para reanimar recém-nascidos com dificuldades respiratórias leve a bons resultados, há uma discordância na comunidade médica sobre qual concentração de oxigênio deve ser administrada aos bebês prematuros vulneráveis ​​nascidos antes das 29 semanas de gestação.

O Dr. Georg Schmölzer, neonatologista da Universidade de Alberta, no Canadá, explicou que o que complica essa lacuna de conhecimento é que, até bem recentemente, os pesquisadores discordavam até sobre a concentração ideal de oxigênio para reanimar um bebê a termo saudável.

“Quando eu comecei meu treinamento no início dos anos 2000, era costume administrar 100% de oxigênio a um bebê para que ele ficasse rosa o mais rápido possível, pois os bebês ficam azuis devido ao útero ser um ambiente com pouco oxigênio ”, conta o pesquisador.

Embora 100% de oxigênio deixasse os bebês a termo ficarem mais rosados, os pesquisadores notaram que as taxas de leucemia e mortalidade eram menores quando os bebês eram reanimados com ar regular, que contém 21% de oxigênio.

“Eles descobriram que dar 100% de oxigênio pode realmente impedir que um bebê comece a respirar ao nascer e pode criar apneia por um breve período de tempo”, disse o Dr. Schmölzer, que é professor da Universidade de Alberta e especialista em Reanimação Neonatal.

Em 2010, as diretrizes para ressuscitar bebês a termo mudaram apenas para o uso de ar. Mas e os bebês nascidos extremamente prematuramente?

O Dr. Schmölzer explicou que, na idade gestacional de 29 semanas ou mais cedo, os pulmões não estão totalmente desenvolvidos e é comum que os bebês tenham problemas para respirar ao nascer. “Começamos com 100%, mas como sabemos que 100% não é perfeito para bebês a termo, muitos especialistas em todo o mundo estão sugerindo que talvez devêssemos dar menos [osigênio] também [aos prematuros]”, disse o especialista.

Ele observou que existem vários problemas associados ao excesso de oxigênio no sistema. Uma vez no corpo, os átomos de oxigênio se dividem em radicais livres, que supostamente desempenham um papel em uma série de doenças, incluindo doença pulmonar crônica e retinopatia da prematuridade – uma condição causada pelo desenvolvimento anormal dos vasos sanguíneos nas retinas de bebês prematuros que podem levar à cegueira. O corpo combate a destruição das células causada pelos radicais livres usando antioxidantes, que os bebês prematuros não têm. Um aumento na concentração de oxigênio também pode levar a danos no cérebro.

Acontece, no entanto, que usar apenas o ar para reanimar bebês prematuros levou a maior mortalidade.

Em um esforço para determinar a concentração precisa de oxigênio necessária para ressuscitar bebês prematuros, o Dr. Schmölzer e sua equipe internacional de pesquisa receberam US $ 2,2 milhões dos Institutos Canadenses de Pesquisa em Saúde. Os pesquisadores irão comparar os resultados em bebês prematuros nascidos entre 23 e 28 semanas, que receberam 30% ou 60% de oxigênio.

“Esperamos que o oxigênio a 60% melhore os resultados em longo prazo, incluindo [menores taxas de] mortalidade e paralisia cerebral, menos bebês com problemas visuais, menos bebês com deficiência auditiva, menos bebês com grandes atrasos no desenvolvimento”, concluiu o Dr. Schmölzer.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Alberta (em inglês).

Fonte: Michael Brown, Universidade de Alberta. Imagem: Getty Images.

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