Notícia

Órtese auxilia movimento de membro superior de paciente com Esclerose Lateral Amiotrófica

Nova tecnologia na forma de órtese auxiliará a movimentação do membro superior de paciente com ELA e poderá ser instalada em uma cadeira de rodas, substituindo um dos apoios de braço

Divulgação, UFRN

Fonte

UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Data

quarta-feira, 23 dezembro 2020 08:05

Áreas

Biomecânica. Engenharia Biomédica. Fisioterapia. Medicina. Neurociências. Ortopedia.

Nova órtese desenvolvida na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) permite amenizar os efeitos da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa, progressiva e que acarreta em paralisia motora irreversível.

O Dr. Danilo Nagem, um dos cientistas envolvidos no desenvolvimento do dispositivo, explicou que a nova tecnologia, na forma de órtese que auxiliará a movimentação do membro superior de paciente com ELA e  poderá ser instalada em uma cadeira de rodas, substituindo um dos apoios de braço. Conforme definição ISO, uma órtese  é um apoio ou dispositivo externo aplicado ao corpo para modificar os aspectos funcionais ou estruturais do sistema neuro músculo-esquelético para obtenção de alguma vantagem mecânica ou ortopédica.

“O mecanismo fica oculto na cadeira como um apoio de braço e pode realizar os movimentos da mão, punho, cotovelo e ombro, permitindo ao paciente alguns movimentos, como cumprimentar um amigo. Tem um outro aspecto relevante: pode ser acoplado à cadeira de rodas de forma discreta sem aparentar um sistema robotizado”, ressaltou o pesquisador.

Embora esteja presente em grande parte do mundo, as taxas de ELA são desconhecidas, pois é considerada uma doença rara. Na Europa e Estados Unidos, a doença afeta cerca de duas pessoas a cada 100 mil habitantes por ano. No Brasil, a estimativa é que ela atinja cerca de 12 mil pessoas. Seus efeitos costumam afetar toda a família, em virtude das limitações físicas que impõe. Assim, um dispositivo que colabore com uma maior independência do paciente tem impacto direto na qualidade de vida não apenas dele.

“É um dispositivo que, em conjunto com outros que estão sendo desenvolvidos no nosso projeto, gera autonomia para o paciente com ELA. Esse tipo de autonomia tenta recuperar um pouco da liberdade motora do membro superior e a dignidade do paciente ao permitir que pelo menos consiga segurar um objeto e sentir esse contato”, frisou o Dr. Ricardo Valentim, pesquisador que integra o grupo que desenvolveu a nova tecnologia.

Apesar de seus efeitos adversos, a Esclerose Lateral Amiotrófica mantém a sensibilidade no membro atingido. Assim, para fazer com que os pacientes consigam sentir o objeto manuseado, a órtese tem uma estrutura vazada que, inclusive, deixa a palma da mão livre. “Já possuímos parte do projeto, o sistema de movimentação da mão. No momento estamos trabalhando no desenvolvimento do atuador de ombro e cotovelo que estão acoplados ao mecanismo da cadeira. Estamos compactando todos os dispositivos e verificando a possibilidade de construção de protótipos em parceria com empresas de tecnologias que podem manufaturar os dispositivos”, disse a Dra. Ana Raquel Lindquist, coordenadora da pesquisa.

O pedido para patenteamento do novo equipamento foi depositado no último dia 20 de novembro, sob a denominação “Órtese ativa para movimentação de membro superior e movimento de dedos”, e a lista completa com o nome dos 18 autores pode ser acessada na vitrine tecnológica da UFRN (). A pesquisa que deu como fruto a nova tecnologia foi realizada com a colaboração do CNPq e conta com cientistas vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação em Saúde (PPgGIS), Departamento de Engenharia Biomédica, Departamento de Fisioterapia e ao Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS).

Acesse a notícia completa na página da UFRN.

Fonte: Wilson Galvão, AGIR/UFRN. Imagem: Divulgação, UFRN.

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