Notícia

Novo método melhora a observação dos limites do sono em pessoas com insônia

Pesquisadores mostram que é o período depois de adormecer que determina se as pessoas experimentam ou não o sono

Centro de Medicina do Sono Kempenhaeghe

Fonte

Universidade Tecnológica de Eindhoven

Data

segunda-feira, 18 março 2019 16:55

Áreas

Medicina. Sono. Neurociências

Algumas pessoas com insônia crônica acham que não dormem durante certos períodos, mesmo que medições relacionadas ao sono mostrem que elas dormem. Até agora, os cientistas não foram capazes de identificar as causas exatas da chamada “percepção equivocada do estado de sono”. No entanto, um novo estudo de pesquisadores do Centro de Medicina do Sono Kempenhaeghe, da Universidade Tecnológica de Eindhoven, da Universidade Maastricht e da Philips, nos Países Baixos, mostra que é o período depois de adormecer que determina se as pessoas experimentam ou não o sono. Os resultados ressaltam que a percepção equivocada do sono é um problema real para os pacientes com insônia, o que deve ser levado a sério.

Cerca de 1 em cada 10 holandeses sofrem de insônia. Algumas pessoas com insônia experimentam percepção equivocada do sono. A doutoranda Lieke Hermans, da Universidade Tecnológica de Eindhoven, explica: “Alguém pode sentir como se mal tivesse dormido, enquanto na realidade poderia ter dormido por várias horas.” Seu orientador, o professor  Dr. Sebastiaan Overeem, acrescenta: “Isso pode dar aos pacientes a sensação de que não estão sendo levados a sério. Nossa pesquisa mostra que a percepção equivocada do sono é real e fornece mais informações sobre o mecanismo subjacente”.

Um novo método para interpretação do sono

Ainda que o tempo total de sono seja suficiente, os pesquisadores descobriram que os períodos de sono na primeira hora e meia após o paciente adormecer devem ser mais longos, a fim de dar às pessoas que sofrem de percepção equivocada do sono a sensação de que estão dormindo bem. Pessoas com insônia que acordam dentro de meia hora depois de adormecer não sentem que dormiram. Por outro lado, pessoas que dormem bem precisam de apenas 10 minutos de sono contínuo para estarem conscientes do seu sono. “Nosso modelo mostra que as pessoas com problemas de percepção equivocada do sono não dormem de maneira diferente, mas experimentam o sono de maneira diferente”, diz Lieke Hermans.

Segundo os pesquisadores, o atual método de interpretação do sono precisa ser atualizado. Um critério importante para os médicos do sono é o tempo que leva para o paciente adormecer. Para descobrir isso, eles fazem um eletroencefalograma (EEG) usando eletrodos que medem a atividade cerebral. Segundo o Dr. Sebastiaan Overeem: “Na medicina do sono, considera-se que um paciente adormeceu quando os primeiros sinais de sono se tornaram visíveis no EEG. No entanto, o processo de adormecer ainda não está completo; agora podemos demonstrar que a duração e estrutura desse primeiro sono também é de valor diagnóstico ”.

Os pesquisadores testarão o modelo desenvolvido em um estudo de acompanhamento que envolverá 160 pacientes do Centro de Medicina do Sono Kempenhaeghe. Este estudo maior deve mostrar, entre outras coisas, se existe uma diferença entre os idosos e os jovens e em que medida a percepção equivocada do sono varia entre pessoas com insônia. Os resultados da pesquisa até aqui foram publicados na revista científica Sleep Medicine.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Tecnológica de Eindhoven (em inglês).

Fonte: Universidade Tecnológica de Eindhoven. Imagem: Centro de Medicina do Sono Kempenhaeghe.

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