Notícia

Na Europa, projeto aplica inteligência artificial ao movimento de próteses com comando cerebral

Projeto europeu coordenado pela Universidade de Bolonha visa criar tecnologias assistivas confiáveis, multifuncionais, adaptáveis ​​e interativas, que possam ser guiadas diretamente pelo cérebro dos pacientes

ThisisEngineering RAEng via Unsplash

Fonte

Universidade de Bolonha

Data

segunda-feira, 25 abril 2022 12:05

Áreas

Bioeletrônica. Bioinformática. Biomecânica. Computação. Engenharia Biológica. Engenharia Biomédica. Inteligência Artificial. Neurociências. Psicologia. Robótica.

Desenvolver uma inteligência artificial ‘amigável ao paciente’ para controlar neuropróteses e outros dispositivos tecnológicos aplicados a braços robóticos, cadeiras eletrônicas e exoesqueletos é o coração do projeto europeu MAIA (Multifunctional, adaptive and interactive AI system for Acting in multiple contexts). O projeto é coordenado pelo Departamento de Ciências Biomédicas e Neuromotoras da Universidade de Bolonha, na Itália, como parte de um consórcio multidisciplinar que reúne centros de pesquisa e empresas especializadas tanto em biomedicina, neurologia e psicologia quanto nas áreas computacional e tecnológica.

“Devido a acidentes vasculares cerebrais, doenças neurodegenerativas ou acidentes de vários tipos, milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas por habilidades motoras reduzidas: uma condição que na maioria dos casos só pode ser resolvida com o uso de próteses ou dispositivos auxiliares”, explicou a Dra. Patrizia Fattori, professora de Fisiologia da Universidade de Bolonha e coordenadora do projeto. “Este é um desafio importante para nossa sociedade, para o qual, no entanto, faltam respostas tecnológicas adequadas: esses pacientes precisam de dispositivos confiáveis, multifuncionais, adaptáveis ​​e interativos; em uma palavra, inteligentes”.

Partindo dessa premissa, o projeto MAIA visa criar próteses e tecnologias assistivas controladas por sistemas de inteligência artificial centrados no paciente. Os estudiosos se concentrarão em alguns aspectos fundamentais, incluindo uma abordagem inovadora para decodificar intenções, uma nova ideia de interação confiável entre o indivíduo e a inteligência artificial e um novo tipo de banco de dados para adquirir informações de várias fontes.

“Queremos oferecer aos pacientes ferramentas tecnológicas avançadas e interativas com as quais eles possam interagir melhor e que lhes permita uma vida independente”, afirmaram a Dra. Annalisa Bosco e Matteo Filippini, da equipe de pesquisa da Universidade de Bolonha. “Para atingir este objetivo, vamos nos concentrar em aspectos experimentais e tecnológicos, bem como em aspectos psicológicos e clínicos”.

De fato, também estará envolvido um grupo de psicólogos coordenado pela Dra. Alessia Tessari, professora do Departamento de Psicologia de Bolonha, que dialogará com os pacientes e seus familiares e cuidadores para obter informações detalhadas sobre os problemas e necessidades que surgem em cada caso. Desta forma será possível obter dados a serem aplicados ao desenvolvimento dos aspectos tecnológicos.

A inteligência artificial projetada pelo MAIA será capaz de decodificar as intenções do indivíduo e transmiti-las tanto para as tecnologias assistivas quanto para os usuários, a fim de garantir um processo de interação e aprendizado controlado. Esse sistema de inteligência artificial centrado no paciente pode ser integrado a dispositivos como braços robóticos, cadeiras eletrônicas e exoesqueletos.

“O sistema permitirá a extração dos sinais neurais do paciente das áreas do cérebro que codificam as informações sensoriais e motoras”, confirmou a Dra. Michela Gamberini, que também faz parte da equipe de pesquisa. “Dessa forma será possível desenvolver um modelo de inteligência artificial para ser aplicado a diversas tecnologias assistivas que podem ser guiadas diretamente pelo cérebro do paciente”.

Assim, nascerá uma série de tecnologias e protótipos a partir dos quais um ecossistema europeu de empresas altamente inovadoras também poderá desenvolver soluções que possam se expandir para além do campo da saúde, para tecnologias industriais e exploração espacial.

Acesse a notícia completa na página da UNIBO Magazine da Universidade de Bolonha (em italiano).

Fonte: UNIBO Magazine, Universidade de Bolonha. Imagem: ThisisEngineering RAEng via Unsplash.

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