Notícia

Leucemia mieloide aguda: cientistas identificam novos alvos para tratamentos

Sergio Manzano

Fonte

Universidade de Salamanca

Data

sábado, 2 março 2019 11:05

Áreas

Biologia Celular e Molecular. Medicina. Biotecnologia.

A leucemia mieloide aguda (LMA) é uma doença hematológica caracterizada pela divisão rápida e descontrolada de progenitores mieloides sanguíneos. Este distúrbio hematológico representa 40% de todos os casos de leucemia em todo o mundo e estima-se que na Espanha afete 15 pessoas por milhão de habitantes por ano, principalmente adultos.

Neste contexto, a equipe de pesquisa liderada pelo Dr. Angel Hernandez Hernandez, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade de Salamanca e diretor do Grupo Redox Signaling em Neoplasias Hematológicas do Instituto de Pesquisa Biomédica de Salamanca (IBSAL), na Espanha, acaba de identificar as proteínas SHP1 e SHP2 como “dois novos alvos farmacológicos para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para leucemia mieloide aguda”, de acordo com o relatório do Depto. de Comunicação da Universidade de Salamanca.

A linha de pesquisa explora a diferenciação de células de leucemia por meio da inibição por oxidação das proteínas SHP1 e SHP2 com o uso de agentes químicos conhecidos como ésteres de forbol. Os resultados da pesquisa acabam de ser publicados na revista científica Journal of Experimental and Clinical Cancer Research.

Espécies reativas de oxigênio, estresse oxidativo e câncer

Espécies reativas de oxigênio, ou ROS, têm sido estudadas há um bom tempo por causa de seus efeitos nocivos em diferentes componentes celulares. Estas espécies são a principal causa do chamado estresse oxidativo, que leva ao envelhecimento ou a algumas doenças, como o câncer. No entanto, a célula precisa de certos níveis dessas substâncias, controladas de maneira muito precisa para executar suas funções corretamente.

Este é o campo de trabalho do grupo de pesquisa do Dr. Angel Hernandez Hernandez com especial destaque para desvendar o envolvimento das ROS em processos de sinalização celular fisiológicas, um fenômeno conhecido como Sinalização Redox. A partir do conhecimento exaustivo deste processo, os pesquisadores desejam desenvolver estratégias terapêuticas com base em mecanismos redox contra “leucemias mieloides, patologias nas quais é comum encontrar alterações nos níveis de ROS celulares”, explica o cientista da  explica o cientista da Universidade de Salamanca.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Salamanca (em espanhol).

Fonte: María Suárez, Depto. de Comunicação da Universidade de Salamanca. Imagem: Sergio Manzano.

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