Notícia

Falta de empatia infantil pode ser importante preditor de agressividade

Pesquisadores da Universidade Leiden, nos Países Baixos, acompanharam 276 pares de mães e filhos desde a gravidez até a criança completar quatro anos

Pixabay

Fonte

Universidade Leiden

Data

sábado, 28 novembro 2020 15:40

Áreas

Medicina. Pediatria. Neurociências. Psicologia.

Crianças pequenas com menos empatia do que seus colegas têm maior probabilidade de serem agressivas quando mais velhas. É o que observou Malou Noten, que defendeu sua tese de doutorado no último dia 25 de novembro na Universidade Leiden, nos Países Baixos.

Em vários estudos, a Dra. Malou Noten demonstrou que o comportamento agressivo já pode ser previsto em crianças em idade pré-escolar, observando quanta empatia elas demonstram. “A partir de pesquisas anteriores, sabemos que a baixa empatia é um fator de risco para agressividade em crianças em idade escolar, adolescentes e adultos. Poucas pesquisas foram feitas em crianças pequenas, no entanto, e os estudos apontaram resultados conflitantes”, destacou a pesquisadora.

Empatia e agressividade são características que as crianças já desenvolvem em uma idade muito jovem e, portanto, a Dra. Malou Noten esperava que estas características tivessem relação entre si em um idade precoce também. “Esta relação só se tornou verdadeiramente visível, no entanto, quando também olhamos para outros fatores, como sexo, controle de impulso e a extensão da atenção social para os outros”, continuou a pesquisadora.

Estudo de longo prazo com mães e filhos

A Dra. Noten trabalhou com uma equipe de pesquisadores em educação e estudos infantis. No projeto A Good Start, eles acompanharam 276 pares de mães e filhos desde a gravidez até a criança completar quatro anos. Nesse período houve seis momentos de pesquisa, quatro dos quais a Dra. Malou Noten descreve em sua tese. Todos eles observaram o comportamento e a reação fisiológica das crianças, medindo sua frequência cardíaca, por exemplo.

Estudos e questionários

Com a idade de seis meses, os bebês foram desafiados emocionalmente a fazerem suas mães esperar antes que respondessem [a um chamado] ou a desaparecerem de vista. Na idade de 20 a 30 meses, a empatia foi medida por meio de uma tarefa de simulação de dor: a pesquisadora fingia bater em si mesma e simulava uma dor intensa. Os pesquisadores também estudaram o controle dos impulsos das crianças. Quando as crianças tinham três anos e meio, os pesquisadores analisaram até que ponto podiam sentir empatia pelas emoções de outras crianças enquanto assistiam a um vídeo de crianças mostrando emoções. Em todas as idades estudadas, as mães responderam a questionários sobre a extensão do comportamento agressivo da criança.

Incentivo à empatia

“Nossos estudos mostram que um alto nível de agressividade está relacionado à baixa empatia afetiva ou ser incapaz de ter empatia com as emoções de outra pessoa”. Essas ligações se mostraram mais comuns em meninos do que em meninas. A falta de controle do impulso também foi um indicador de mais agressividade. “Também é importante considerar os fatores que influenciam a relação entre empatia e agressividade, como sexo, controle de impulso e atenção social da criança para com os outros”, concluiu a pesquisadora.

A Dra. Malou Noten sugere o reconhecimento precoce do desenvolvimento deficiente de empatia e o encorajamento dessa habilidade, se necessário.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Leiden (em inglês).

Fonte: Universidade Leiden. Imagem: Pixabay.

 

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