Notícia

Estudo indica viabilidade de procedimento para o tratamento de pacientes com AVC grave na rede pública de saúde

Pesquisa coordenada pelo HCPA/UFRGS sobre AVC é referência mundial

Pixabay

Fonte

UFRGS | Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Data

segunda-feira, 15 junho 2020 10:25

Áreas

Cirurgia. Medicina. Neurociências. Saúde Pública.

Um novo estudo sobre o Acidente Vascular Cerebral (AVC) está mudando paradigmas ao demonstrar que é possível incorporar a trombectomia mecânica na rede pública de saúde. Os pesquisadores brasileiros comprovaram a segurança e a eficácia do tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O Resilient é o primeiro estudo realizado em um país em desenvolvimento para evidenciar a diminuição do grau de incapacidade (sequelas – motoras e cognitivas) do paciente e a relação custo-efetividade de tratamentos para retirada de coágulos do cérebro nos quadros graves de AVC. O estudo foi realizado em 12 hospitais públicos do Brasil, um deles o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

A pesquisa atesta a viabilidade da aplicação da trombectomia mecânica (cateterismo cerebral) em pacientes do SUS. A Dra. Sheila Martins, coordenadora do estudo e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Serviço de Medicina Interna e de Neurologia do HCPA, salienta que oito ensaios clínicos randomizados demonstraram consistentemente o benefício do procedimento para o tratamento de AVC por oclusão de vasos grandes.

Antes, os estudos eram realizados só em países desenvolvidos, por isso com impacto mínimo na saúde pública em países de baixa e média renda. “No atual cenário, o Resilient, com financiamento do Ministério da Saúde do Brasil, surgiu como um esforço colaborativo entre 12 hospitais públicos e com 300 pacientes”.  O trabalho foi publicado na revista científica The New England Journal of Medicine.

Como resultado, os pesquisadores concluíram que, quando comparada aos tratamentos medicamentosos que estão disponíveis atualmente no SUS, a trombectomia mecânica aumenta de 21% para 35% a independência funcional do indivíduo que sofreu AVC, além de reduzir em 16% a mortalidade ou o risco de dependência grave. Comparados a pacientes que fizeram apenas uso de remédios, os pacientes submetidos à trombectomia tiveram 2,6 vezes mais chances de permanecer independentes (sem precisar de outras pessoas para realizar as atividades diárias) e tiveram 3,4 vezes mais chances de ficar sem sequelas.

A trombectomia mecânica funciona como uma espécie de cateterismo: um cateter é introduzido no vaso cerebral obstruído para remover o coágulo e, assim, restabelecer o fluxo sanguíneo. O procedimento é aprovado desde 2015 em países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Holanda e Espanha.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da UFRGS.

Fonte: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Imagem: Pixabay.

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