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Equilíbrio metabólico: aumento nos exercícios físicos em longo prazo pode reduzir a quantidade basal de calorias consumidas

Pesquisadores descobriram que a quantidade de calorias que o corpo queima no metabolismo basal – por exemplo, durante o sono – diminui em 28% durante os períodos em que os níveis de exercícios diários são consistentemente elevados

Pixabay

Fonte

Universidade de Aberdeen

Data

quarta-feira, 1 setembro 2021 06:55

Áreas

Educação Física. Metabolismo. Saúde Pública.

Um novo estudo colaborativo que incluiu pesquisadores da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, descobriu que um aumento de longo prazo nos exercícios leva a uma redução de 28% nas calorias queimadas pelo corpo durante atividades básicas, como dormir.

A análise, liderada pela Universidade de Roehampton, também no Reino Unido, descobriu que as pessoas que participam de exercícios regulares queimam menos calorias na manutenção do corpo do que as pessoas que não fazem nenhuma atividade extenuante, reduzindo drasticamente os ganhos da queima de calorias do exercício.

Usando o maior conjunto de dados global sobre o gasto de energia humana (da Agência Internacional de Energia Atômica) e com mais de 1.750 adultos, os pesquisadores descobriram que a quantidade de calorias que o corpo queima no metabolismo basal – por exemplo, durante o sono – diminui em 28% durante os períodos em que os níveis de exercícios diários são consistentemente elevados. Isso significa que quanto mais nos exercitamos em longo prazo, menos calorias nosso corpo queima nas atividades mais rudimentares, reduzindo, portanto, o total de calorias que queimamos por dia.

O Dr. Lewis Halsey, professor do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Roehampton, e o Dr. Vincent Careau, da Universidade de Ottawa, no Canadá, que lideraram a análise dos dados, também descobriram que os adultos com o índice de massa corporal (IMC) mais alto queimaram ainda menos calorias no gasto de energia basal após um aumento na atividade física.

Os resultados mostram que apenas 54% das calorias queimadas por exercícios físicos entre as pessoas com maior IMC se traduzem em calorias queimadas no final do dia, devido ao fato de seus corpos reduzirem a energia gasta nas funções mais básicas. Em contraste, 70% das calorias queimadas durante a atividade por aqueles com a menor massa corporal se traduzem em mais calorias queimadas no final do dia. No geral, as calorias perdidas não foram diferentes ao comparar idade e sexo, o que significa que a energia perdida durante a atividade se aplica igualmente a homens e mulheres, jovens e idosos, uma vez que seu IMC é contabilizado.

A pesquisa sugere que as pessoas que têm um IMC mais alto e, portanto, maiores níveis de gordura, podem queimar menos calorias por dia em resposta a aumentos de atividade em longo prazo.

Com muitos programas atuais de perda de peso usando modelos aditivos para calcular quantas calorias devem ser queimadas para a perda de gordura desejada, e o aumento de rastreadores de exercícios digitais destacando as calorias queimadas durante o dia, este estudo desmascara a crença de que o as calorias queimadas com exercícios se traduzem facilmente em calorias extras queimadas no geral durante o dia.

“Em todo o mundo, as diretrizes nacionais tendem a recomendar um déficit de 500-600 calorias por meio de exercícios e dieta para perder peso. No entanto, eles não levam em consideração a redução de calorias sendo queimadas nas funções humanas mais básicas, já que o corpo compensa as calorias queimadas no exercício como mostrado em nossa pesquisa, e [também não consideram] a variação dessa compensação entre pessoas com diferentes níveis de gordura no corpo. Não apenas essas diretrizes devem ser revisadas, mas também há uma necessidade de uma maior personalização dos planos de exercícios, dependendo da massa corporal”, disse o professor Lewis Halsey.

O professor Dr. John Speakman, da Universidade de Aberdeen e chefe do grupo de gerenciamento do banco de dados, acrescenta: “Esta é uma reviravolta cruel para os indivíduos que têm obesidade porque significa que perder peso aumentando [apenas] a atividade provavelmente será substancialmente mais difícil do que para uma pessoa magra onde a compensação é muito menor, e a necessidade de perder peso também é menor”.

“Esta análise usando dados do banco de dados DLW mostra como os indivíduos não são todos iguais na maneira como eles regulam seu uso de energia. Pessoas que vivem com obesidade podem ser particularmente eficientes em manter seus estoques de gordura, dificultando a perda de peso”, completou o pesquisador.

Os resultados foram publicados na revista científica Current Biology.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Aberdeen (em inglês).

Fonte: Equipe de Comunicação da Universidade de Aberdeen. Imagem: Pixabay.

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