Notícia

Endometriose: vídeo explicativo e pesquisas recentes

É importante a mulher estar atenta e iniciar o tratamento o quanto antes

Reprodução

Fonte

Endometriosis.org, revista Femina, JEPPD, BRI e JMIG.

Data

quarta-feira, 3 fevereiro 2016 14:25

Áreas

Ginecologia.

A endometriose é uma doença crônica que afeta mulheres jovens em idade reprodutiva provocando dor, dispareunia (dor durante o ato sexual), infertilidade e que também afeta a qualidade de vida das pacientes. Existem tratamentos clínicos ou cirúrgicos, entretanto essa doença deve ser considerada como uma doença crônica que pode exigir muitos anos de tratamento, já que as recidivas podem ser frequentes após as cirurgias ou após qualquer tratamento.

O Portal Endometriosis.org disponibiliza um vídeo educativo sobre os conceitos da doença, formas de tratamento e como melhorar a qualidade de vida de pessoas com endometriose. Assista ao vídeo (áudio em inglês), com legendas em português editadas pelo Tech4Health (ative as legendas clicando em “CC” na parte inferior do vídeo):

 

 

Novos resultados de pesquisa: tratamento medicamentoso

Há alguns anos, uma nova proposta de tratamento médico está disponível no mercado farmacêutico internacional e também no Brasil: a administração oral de um novo progestagênio, o Dienogest (DNG), o qual tem tido êxito no tratamento da endometriose, principalmente em relação aos sintomas da dor.

Em artigo científico publicado na revista Femina, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) em 2012, os pesquisadores Dr. Luís Bahamondes (da Universidade Estadual de Campinas, Unicamp) e Dr. Aroldo Fernando Camargos (da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG), publicaram um estudo de revisão sobre o desempenho do Dienogest, até aquele ano ainda não disponível no Brasil, como opção terapêutica para o tratamento da endometriose. Os autores alertaram que o medicamento provoca inibição completa da ovulação, porém a dose preconizada de 2mg/dia, sem o agregado de nenhum estrogênio, não foi desenvolvida como contraceptivo, e as mulheres que não desejam engravidar deveriam usar um método contraceptivo não hormonal. Por outro lado, os pesquisadores afirmaram que, para as mulheres que desejam engravidar, a atividade ovariana retorna ao normal rapidamente (entre 1 e 43 dias) após a suspensão do tratamento. Do ponto de vista do tratamento médico sintomático, os autores apontaram a eficácia do medicamento e a satisfação das pacientes relatadas na literatura, apesar de terem sido registrados alguns eventos adversos, como metrorragia (hemorragia uterina em intervalos irregulares), cefaleia, constipação, desconforto mamário, enjoo e irritabilidade.

Acesse o artigo completo (em português)

 

Mais recentemente, na última edição de 2015 (Vol. 7, n.4) da revista científica “Journal of Endometriosis and Pelvic Pain Disorders” (JEPPD), pesquisadores italianos reportaram o efeito benéfico do Dienogest na qualidade de vida de mulheres com endometriose. Em estudo realizado em 12 universidades italianas com 142 pacientes diagnosticadas com endometriose, para as quais foram administradas doses de 2 mg/dia  durante 90 dias, os resultados finais apontaram que a medicação foi efetiva e bem tolerada, melhorando a condição de dor pélvica nas pacientes ao longo do tratamento.

Acesse o resumo do artigo (em inglês)

 

Comparação das opções de tratamento

Pesquisadores da University Clinics of Schleswig-Holstein, na Alemanha, publicaram na revista científica “BioMed Research International” (BRI) em 2014 (Vol. 2014), um estudo comparativo entre as opções medicamentosa, cirúrgica ou combinada (uma e a outra), sua eficácia sobre a recorrência dos sintomas e da dor e a possibilidade de engravidar. Foram seguidas 450 pacientes, com idades entre 18 e 44 anos, e divididas nos três grupos de estudo. Os resultados apontaram a maior taxa de efetividade e sucesso (60%) para o tratamento combinado (medicamentoso e cirúrgico), enquanto a terapia hormonal exclusiva ficou com 55% e o tratamento cirúrgico isolado ficou com 50% de sucesso. A taxa de gravidez em todos os casos ficou entre 55% e 65% das pacientes, sem diferença significativa entre os tratamentos.

Acesse o artigo completo (em inglês)

 

Laparoscopia na Endometriose Profunda e a Taxa de Gravidez

Na edição de janeiro de 2016 da revista “The Journal of Minimally Invasive Gynecology” (JMIG), pesquisadores franceses e italianos publicaram resultados de um estudo sobre o impacto da cirurgia laparoscópica na infertilidade devida à endometriose profunda. Foram acompanhadas 115 pacientes com diagnóstico de endometriose profunda e que passaram pela cirurgia laparoscópica. Os casos de gravidez por concepção espontânea ou por reprodução assistida somaram 60% dos casos, e esta melhora na possibilidade de engravidar foi associada é remoção cirúrgica das múltiplas lesões causadas pela doença.

Acesse o resumo do artigo (em inglês)

 

“As informações contidas nesta matéria têm apenas caráter informativo e educacional, e de modo algum devem ser utilizadas para auto-diagnóstico, auto-tratamento ou auto-medicação. Apenas o médico especialista pode analisar cada caso e dar o encaminhamento adequado”.

Fontes: Endometriosis.org, revista Femina, JEPPD, BRI e JMIG. Imagem: Reprodução.

 

 

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