Notícia

Dispositivos geradores de fala auxiliam crianças com autismo

A Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA), compreendida como forma de expressão, pode substituir a fala incompreensível, não funcional ou inexistente, e torna-se uma alternativa promissora para aqueles que tem TEA e suas famílias

Divulgação, FAPERJ

Fonte

FAPERJ | Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro

Data

segunda-feira, 27 junho 2022 11:35

Áreas

Comunicação. Fonoaudiologia. Pediatria. Psicologia. Psicopedagogia. Saúde da Criança.

Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem apresentar dificuldade de linguagem e de comunicação moderada e grave, o que acarreta uma série de danos significativos ao seu desenvolvimento global. Para atenuar essa dificuldade, a Dra. Cátia Crivelenti de Figueiredo Walter, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), adotou um programa de comunicação alternativa com dispositivos geradores de fala. Os resultados observados em uma criança, que segue este protocolo, são animadores.

A professora Cátia Walter explicou que o programa inclui suportes para dispositivos móveis como tablets e iPads, incluindo aplicativos educativos com sistema de imagens e voz, especialmente direcionados para crianças com TEA. Esses aplicativos visam ajudar as crianças a explorar conteúdos de vocabulário e a organizar a fala, até então não funcional ou perdida, a partir da estruturação de sentenças.

O projeto da Faculdade de Educação da UERJ prevê assistência com três distintos terapeutas. O processo inicia-se com a fonoaudiologia. Em seguida a criança é atendida por psicopedagogo e, na etapa seguinte, por uma atendente terapêutica (aluna de psicologia). Todo o processo de estimulação é gravado em vídeos, diários de campo e acompanhado pelos especialistas que debatem cada avanço nas etapas de intervenção da pesquisa.

Há nove meses em atendimento, o paciente, um menino de sete anos, já está na segunda etapa do programa e passou a utilizar o dispositivo de forma independente, desenvolvendo fala funcional e interação comunicativa, que inclui expressões sobre seus desejos e também conversas em família.

O programa utilizado, chamado ‘Vamos Conversar’ – adaptado do programa ‘SPEAKALL!’, desenvolvido pelo Dr. Oliver Wendt, professor da Universidade Central da Flórida – utiliza o aplicativo Snap+Core, um auxiliar eletrônico que usa digitalização do discurso para fornecer um modelo verbal de cartões pictográficos ou de fotos selecionados previamente pelos usuários. Em versões para iPads e computadores, a metodologia prevê o uso de até cinco fotos ou pictogramas que podem ser combinados para criar uma história ou mensagens, seguindo um protocolo já implementados e testados.

O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurobiológico, caracterizado por prejuízos sociocomunicativos e comportamentais. Uma parcela expressiva da população assim rotulada, não se utiliza ou compreende a fala, tampouco desenvolve, de maneira espontânea, repertórios não verbais de comunicação. Nessa perspectiva, a Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA), compreendida como forma de expressão, pode substituir a fala incompreensível, não funcional ou inexistente, e torna-se uma alternativa promissora para aqueles que tem TEA e suas famílias.

Por enquanto, o serviço não está disponível para atendimentos de novas crianças, mas a professora Cátia espera, em breve, poder treinar mais profissionais de saúde, educação e responsáveis pelas crianças com TEA e, assim, auxiliá-las nas interações sociais.

Acesse a notícia completa na página da FAPERJ.

Fonte: Claudia Jurberg, FAPERJ. Imagem: Programa de comunicação alternativa com dispositivos geradores de fala, utilizado em pesquisa visando sua aplicação em crianças com TEA. Fonte: Divulgação, FAPERJ.

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