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Triciclo híbrido propicia reabilitação e mobilidade de pessoas com lesão muscular

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

quinta-feira. 6 maio 2021 06:10

Com o objetivo de proporcionar reabilitação muscular para pessoas com limitação de movimentos – paraplegia ou tetraplegia –, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade de Montpellier (França), em parceria com a empresa mineira Visuri, desenvolveram um triciclo que propicia ao paciente movimentar seus membros antes completamente inativos. O equipamento, batizado de Power Trike, está em fase avançada de pesquisas.

Segundo o Censo Demográfico de 2010, cerca de 7% da população brasileira tinha dificuldade em se locomover. O triciclo não visa à cura, mas à melhoria da qualidade de vida, incentivando a independência, autonomia e inclusão social dessas pessoas.

Elaborada segundo o conceito de máquinas que formam unidade com o corpo, a Power Trike tem um sistema híbrido que alia ferramentas diagnósticas, terapêuticas, assistivas e de longa duração. O triciclo utiliza a eletroestimulação funcional para mover os membros paralisados por meio de eletrodos que possibilitam as contrações musculares, o que gera movimentos cíclicos e a possibilidade de deslocamento.

O equipamento promove a capacidade de se movimentar por meio da força gerada pelas próprias pernas paralisadas, ainda que estimuladas artificialmente em conjunto com os músculos preservados e os parcialmente preservados. “O dispositivo vai garantir acessibilidade urbana com ativação duradoura da musculatura paralisada e avaliar em tempo real a função neuromuscular, prevenindo polineuromiopatias e contribuindo para restauração e reabilitação”, explicou o Dr. Henrique Martins, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFMG e integrante do projeto.

Diagnóstico, intervenção e assistência

Em Belo Horizonte, o pesquisador Tiago Coelho Magalhães, doutorando em Engenharia Elétrica na UFMG, trabalha atualmente no Laboratório de Engenharia Biomédica (LEB-UFMG) com paciente voluntário que apresenta quadro de paraplegia com lesão torácica (T8) desde 2007. Os atendimentos resultaram em melhorias fisiológicas significativas, que serão publicadas em artigos científicos, e aumento do tempo de pedalada, que chega aos 40 minutos de forma contínua. A pesquisa também prevê assistência para atletas paraolímpicos do Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da UFMG, que ainda não foi iniciada devido à pandemia da COVID-19.

Em janeiro deste ano, o projeto foi aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que garante a continuidade das pesquisas e do triciclo híbrido. A expectativa é que, ao final do projeto, em até três anos de trabalho, seja possível entregar um produto de qualidade, eficiente e acessível. “O objetivo é também incorporar a Power Trike ao mercado e à tabela de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção concedidos pelo SUS [Sistema Único de Saúde]. O objetivo é desenvolver um sistema com um conjunto de serviços inovadores para diagnóstico, intervenção profilática e terapêutica, bem como assistência de longa permanência”, destacou o Dr. Henrique Martins.

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Fonte: Assessoria da Visuri e Ana Carolyna Gonçalves, Assessoria de Imprensa da UFMG.

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