Destaque

Pesquisadores da Universidade do Porto ajudam a melhorar tratamentos de lesão do ombro

Fonte

Universidade do Porto

Data

quarta-feira. 14 abril 2021 09:50

Uma equipe de pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) descobriu o que está na origem de uma frequente lesão do ombro e uma forma de impedi-la. A descoberta resultou na primeira classificação para o formato da apófise coracoide e inclui o nome dos dois pesquisadores portugueses envolvidos: Classificação de Leite-Torres.

Os investigadores concluíram que o formato da apófise coracoide (estrutura óssea da omoplata) está relacionado com a ruptura do tendão subescapular: quanto mais curva for a coracoide, maior a probabilidade de o tendão romper.

“Agora os clínicos podem saber que doentes têm maior probabilidade de desenvolver rupturas do tendão subescapular”, destacou o Dr. João Torres, professor e pesquisador da FMUP.

Segundo o ortopedista, “esta descoberta poderá levar a uma alteração significativa da postura dos cirurgiões”, já que podem considerar a realização de um procedimento cirúrgico “mais vantajoso para o paciente” – a coracoplastia. Esta “consiste, no fundo, numa raspagem do osso, realizada para que o tendão tenha mais espaço para atuar”. E com uma vantagem. “Trata-se de um procedimento pouco agressivo e com um tempo de recuperação rápido para o paciente”,  explicou Maria João Leite, doutoranda da FMUP.

Pacientes mais ‘protegidos’

Desta forma, o procedimento poderá vir a ser utilizado para “conferir uma proteção extra a pacientes de alto risco de desenvolver esta lesão”, prevenindo uma ruptura ou protegendo uma reparação cirúrgica de falhar, evitando uma nova cirurgia.

Os pesquisadores Maria João Leite e João Torres foram os responsáveis pelo primeiro sistema de classificação proposto para dividir as coracoides, de acordo com a sua morfologia e risco relativo de rupturas do tendão subescapular.

“Depois de ser determinado que um paciente tem maior risco de uma lesão do tendão, com base em medições de ressonância magnética e através da nossa classificação proposta, os resultados podem traduzir-se em diferentes abordagens no ambiente clínico”, concluem os médicos ortopedistas.

No âmbito deste estudo, foram avaliados os exames dos pacientes que deram entrada no Centro Hospitalar Universitário de São João com lesões do tendão subescapular, entre 2009 e 2019. A amostra incluiu os dados de 232 desses pacientes.

As conclusões foram publicadas na revista científica Journal of Shoulder and Elbow Surgery.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.

Fonte: Daniel Dias, FMUP.

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