Destaque

Pesquisa investiga eficácia de tratamento para perda de olfato em pacientes curados da COVID-19

Fonte

Ebserh | Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Data

sábado. 17 abril 2021 15:40

O Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard, vinculado à Rede Ebserh/MEC (Hupes-UFBA/Ebserh/MEC) está recrutando voluntários para coleta de dados de uma pesquisa sobre olfato e COVID-19. O objetivo é avaliar a eficácia do tratamento denominado treinamento olfatório para a perda de olfato após a doença. Cerca de 130 pacientes serão recrutados para acompanhamento na pesquisa, que tem duração de 3 anos. Apesar de a participação ser voltada predominantemente a pacientes do estado da Bahia, os resultados serão importantes em nível nacional e mundial, por poderem estabelecer uma alternativa de tratamento para todos os pacientes com distúrbio olfatório pós-COVID.

O treinamento olfatório tem sido utilizado no Brasil e no mundo para tratar as perdas de olfato pós-infecciosas. Para as outras doenças (gripes e resfriados, por exemplo), o treinamento já foi testado e se mostrou eficaz. Entretanto, como a COVID-19 é uma doença nova, precisa-se realizar um novo estudo para comprovar a eficácia.

“Pretendemos, com esse estudo, aumentar o conhecimento sobre os distúrbios de olfato pós-COVID e melhorar esse sintoma que tanto incomoda os pacientes. Voltar a sentir o cheiro da comida, apreciar o café fresquinho, sentir aquele perfume que tanto gosta. Sem contar que, ao recuperar o olfato, os pacientes poderão se defender melhor de acidentes domésticos tão perigosos como, por exemplo, deixar uma panela de comida no fogo queimando e não identificar prontamente o cheiro de fumaça, gás e ameaças elétricas”, revela a otorrinolaringologista e pesquisadora colaboradora do Ambulatório Pós-COVID do Hupes, Lorena Pinheiro Figueiredo.

Metodologia

Os participantes da pesquisa serão avaliados por uma equipe composta por médicos otorrinolaringologistas. Os pacientes receberão kits completos de tratamento contendo quatro essências que devem ser cheiradas duas vezes ao dia, 15 segundos cada uma, como se fosse uma fisioterapia do olfato.

Além do kit, os participantes receberão também um frasco de comprimidos para tomarem de 12 em 12 horas, por três meses. Metade dos pacientes receberá uma medicação chamada ácido alfa-lipóico (uma medicação com propriedades anti-oxidantes e neurorregenerativas) e a outra metade, comprimidos de placebo (substância utilizada: amido). Como parte da metodologia, pacientes e médicos não saberão quais pacientes tomarão as medicações ou o placebo.

“Estamos tratando de um sentido muito importante para todos nós, diretamente conectado às emoções e à memória. Quando acometidos pela COVID-19, felizmente, a grande maioria dos pacientes melhora. Entretanto, uma pequena parcela, de 1 até 5%, permanece com alguma alteração no olfato por mais longo período. Com números tão altos de casos de COVID-19 no Brasil e na Bahia, esse percentual, que a princípio parece baixo, gera um número muito grande de pessoas acometidas pelas alterações do olfato. Nossa pesquisa vai oferecer tratamento e assistência a essas pessoas”, revelou a médica Lorena Figueiredo.

Acesse a notícia completa na página da Ebserh.

Fonte: Ebserh e Hupes-UFBA/Ebserh/MEC.

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