Destaque

Pesquisa da UFG avalia técnica inovadora para tratar perda de visão em adultos

Fonte

Jornal da UFG

Data

sábado. 19 novembro 2022 17:00

Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é a causa mais comum de perda de visão entre pessoas com mais de 50 anos. O mercado farmacológico tem à disposição tratamentos para reduzir o progresso da doença e cirurgias que são eficazes em alguns casos. Para inovar, a Dra. Marize Valadares, professora da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (UFG), propôs a utilização de células-tronco dentárias para o tratamento da doença.

A doença tem como principais fatores o envelhecimento do epitélio pigmentar da retina – células que nutrem os fotorreceptores – expostos à luz solar. A professora Marize Valadares explicou que uma das causas é a exposição dos olhos ao sol, que gera inflamação, e que ocasiona a morte de células oculares. Com a morte do epitélio pigmentar, os fotorreceptores – células responsáveis por captar a luz e transmitir um impulso nervoso ao cérebro para reconhecer as imagens – também morrem. A cada novo ciclo de exposição sem proteção, processo inflamatório e morte celular, o indivíduo perde uma parcela da visão de forma progressiva.

Segundo a professora Marize, o órgão dentário é rico em diversos tipos celulares e em diferentes maturações: “As células-tronco presentes no dente podem ser modificadas para se tornarem semelhantes aos tecidos de outras partes do corpo, incluindo do tecido pigmentar da retina”, explicou. A professora disse que a escolha da fonte das células se deu principalmente pela facilidade na extração e pela inexistência de questões éticas relacionadas ao dente, em relação às células-tronco embrionárias.

A professora explicou que a utilização de células-tronco, células jovens com alto poder de regeneração, para o tratamento da Degeneração Macular Relacionada à Idade não é novidade. A inovação da pesquisa realizada na UFG é a origem das células utilizadas para a terapia celular. “Este projeto especificamente é o estágio mais inicial para que consigamos chegar na possibilidade de ter um implante de células diferenciadas a partir de células tronco dentárias em paciente”, afirmou a professora.

Nos Estados Unidos e Japão, métodos inovadores, como o proposto pela professora Marize, já se encontram em fase clínica. A professora explicou que, apesar do estágio avançado do estudo, as células utilizadas por eles são de outras origens, em especial as células-tronco pluripotentes induzidas (iPSC) reprogramadas sinteticamente; já a fonte de célula que estudamos (dentária) seria descartada”, afirmou. Mesmo com as questões éticas, a Dra. Marize ressaltou que os estudos dos laboratórios internacionais obtiveram sucesso na melhora da qualidade da visão de pacientes com DMRI, o que embasa o possível sucesso clínico de sua pesquisa.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Goiás.

Fonte: Janyelle da Mata, Secom/UFG.

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