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Pesquisa avalia associação de intervenções para tratar a fibromialgia

Fonte

UFSCar | Universidade Federal de São Carlos

Data

terça-feira. 26 março 2019 10:15

Um projeto de pesquisa desenvolvido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está avaliando os efeitos da educação terapêutica da dor associada à hidroterapia sobre a dor, depressão, ansiedade, qualidade de vida e de sono de mulheres que sofrem de fibromialgia. Para desenvolver o estudo, estão sendo convidadas mulheres que têm o problema diagnosticado para que participem de avaliações e tratamentos gratuitos durante 12 semanas. O projeto está sendo realizado pelo Laboratório de Pesquisa em Recursos Terapêuticos do Programa de Pós-graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade e é coordenado pela professora Dra. Mariana Avila, do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar.

A fibromialgia é uma doença não-inflamatória que atinge cerca de 5% da população mundial. É mais comum em pessoas entre 30 e 40 anos de idade, e atinge, proporcionalmente, mais as mulheres, que representam mais de 90% dos casos. A pesquisadora explica que o diagnóstico é baseado somente em critérios clínicos, devido à ausência de exames complementares que identifiquem a doença. A principal característica da fibromialgia é o quadro de dor crônica, muitas vezes, incapacitante, e a ele se somam diversos outros sintomas, como depressão, ansiedade, distúrbios do sono, da marcha e de equilíbrio, fadiga generalizada, fraqueza muscular, entre outros. “Esses problemas podem alterar de forma significativa a independência dos sujeitos, que sofrem com a queda da qualidade de vida, da funcionalidade diária e de produtividade”, afirma a docente da UFSCar.

A Dra. Mariana explica que a educação em neurociência da dor, também chamada de educação terapêutica da dor, é uma abordagem educacional que foi desenvolvida para aliviar a dor e diminuir a incapacidade associada à dor lombar crônica. “Esses efeitos são obtidos pela redução da convicção do paciente de que a dor é um sinal preciso da extensão da lesão tecidual, e pelo aumento da convicção de que a dor é influenciada por crenças e pensamentos”, descreve ela. A professora afirma que essa abordagem educacional é uma intervenção barata, de fácil aplicação e com resultados positivos em situações de dor crônica. Além disso, vários estudos têm mostrado que outras formas de tratamento também são efetivas no combate à dor e na melhora da qualidade de vida das pessoas com fibromialgia, como a hidroterapia, prática de exercícios dentro da água. “No entanto, não há na literatura estudos que mostrem os efeitos da associação da hidroterapia e da educação terapêutica da dor sobre a fibromialgia”, destaca a docente, reforçando o caráter inédito da atual pesquisa.

O tratamento da doença é feito por meio de medicamentos, psicoterapia e fisioterapia. De acordo com a Dra. Mariana, se os resultados da pesquisa confirmarem a associação benéfica da educação terapêutica da dor à hidroterapia para tratar mulheres fibromiálgicas, essa abordagem diferenciada, e de baixo custo, pode ser facilmente implementada em centros de saúde e nas unidades de Atenção Básica à Saúde como forma adjuvante no tratamento da fibromialgia.

Para realizar o trabalho, o grupo está convidando mulheres, entre 18 e 70 anos de idade, que tenham diagnóstico médico de fibromialgia. As participantes não podem ter problemas cognitivos, diabetes e hipertensão não controladas, paralisias, parestesias (sensação anormal e desagradável sobre a pele, como queimação, dormência, coceira etc), osteoartrite avançada, doença infectocontagiosa que impeça o uso de piscina, ou fazer uso abusivo de álcool. As voluntárias não podem ter medo de piscina e nem alergia a produtos utilizados na manutenção da água.

Acesse a notícia completa na página da UFSCar.

Fonte: Gisele Bicaletto, UFSCar. Imagem: Shutterstock.

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