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Nova técnica pode revolucionar a desinfecção de ambulâncias e hospitais
Um novo método de esterilização por microondas que pode revolucionar a maneira como ambulâncias e hospitais são desinfetados foi criado em pesquisas envolvendo a Universidade de Strathclyde, no Reino Unido.
Atualmente, a esterilização é feita manualmente com técnicas convencionais que utilizam produtos químicos. Isso pode levar cerca de 30 a 40 minutos para desinfetar uma única ambulância. Durante esse tempo, a ambulância fica fora de serviço, aumentando a pressão sobre os serviços de emergência durante os horários de pico.
A possibilidade da nova técnica poderia reduzir drasticamente o tempo para que uma ambulância fique disponível para salvar vidas novamente.
Nos últimos anos, várias outras técnicas têm sido propostas para a desinfecção e esterilização de superfícies, desde aerossóis de peróxido de hidrogênio até irradiação ultravioleta e radiação infravermelha. No entanto, essas técnicas demonstraram degradar as superfícies ao longo do tempo ou serem prejudiciais aos seres humanos se estiverem nas proximidades. Isso tem, até agora, limitado sua aplicação em longo prazo.
Em contraste, o novo método funciona usando ondas eletromagnéticas, antenas, balizas de sensores e uma camada de líquido para aquecer e esterilizar superfícies rapidamente. A automação significa que uma pessoa pode operar facilmente o sistema de uma distância segura, em vez de tocar nas superfícies contaminadas diretamente durante a limpeza.
A pesquisa foi conduzida pela Universidade de Edimburgo e também envolveu a Universidade Heriot-Watt, também no Reino Unido. Os resultados foram publicados na revista científica IEEE Journal of Electromagnetics, RF and Microwaves in Medicine and Biology.
Os pesquisadores de Strathclyde demonstraram se os feixes de microondas estavam efetivamente atingindo as superfícies e poderiam aquecê-las na temperatura certa. O professor Dr. Nico Bruns, especialista em polímeros no Departamento de Química Pura e Aplicada de Strathclyde, foi um parceiro no estudo. “Meu grupo usou proteínas de clara de ovo de galinha que são conhecidas por desnaturar a 60 oC. Ao observar a solução ficando branca, pudemos mostrar que a temperatura certa foi atingida para permitir a desativação do vírus. Isso seria extremamente útil para um operador do sistema proposto”, destacou o pesquisador.
O estudo usou feixes de micro-ondas que emanam de antenas, como as encontradas em smartphones e sistemas domésticos de Wi-Fi. As antenas permitem que a radiação de micro-ondas seja direcionada e focalizada nos locais onde é mais necessária.
Foi demonstrado que um forno aberto alimentado por micro-ondas permite a desativação do coronavírus vivo (cepa 229E) a uma temperatura relativamente baixa de 60 oC em 30 segundos.
A equipe colaborativa financiou a pesquisa inicial por conta própria, usando o equipamento de laboratório existente. Agora, os pesquisadores estão buscando financiamento para fabricar um dispositivo que possa ser instalado em ambulâncias como um demonstrador de prova de conceito.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Strathclyde (em inglês).
Fonte: Universidade de Strathclyde.
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