Destaque

Fisioterapia melhora vida de mulheres após cirurgia de câncer de mama

Fonte

UFS | Universidade Federal de Sergipe

Data

sexta-feira. 20 outubro 2023 19:15

Mundialmente o câncer de mama é o mais comum entre mulheres, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nos casos que necessitam de tratamento cirúrgico para a retirada da glândula mamária, os riscos de complicações também estão relacionados ao aumento de dores e a perda de movimentos do corpo. Mais da metade das mulheres apresentam, pelo menos, uma morbidade física, cerca de um ano após a cirurgia.

Com o objetivo de avaliar os benefícios de sessões fisioterapêuticas na melhoria do movimento e da dor, pesquisadores do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizaram um estudo clínico com 49 pacientes que fizeram o procedimento para a retirada da mama em Aracaju.

“Hoje a regra é que seja feito o encaminhamento das pacientes pós-cirurgia de câncer de mama para as equipes de fisioterapia. Não só para melhorar a questão do movimento e da dor, mas também diminuir a retração de cicatrizes e prevenir seromas [acúmulo de líquidos na região do corpo que passou por intervenção cirúrgica]”, ressaltou a Dra. Mariana Rett, professora de Fisioterapia da UFS.

As pacientes foram usuárias do SUS (Sistema Único de Saúde) que apresentaram queixas de dor no ombro e nos braços após a intervenção cirúrgica. Em parceria com o Hospital de Cirurgia, elas foram avaliadas durante 20 sessões de fisioterapia, que ocorriam três vezes por semana, com cerca de uma hora de duração cada.

O protocolo fisioterapêutico das pacientes envolveu a realização de exercícios físicos para avaliar a amplitude do movimento e a intensidade da dor, como alongamento, flexão, abdução e rotação, com o auxílio de bolas, bastões e fitas elásticas.

A amplitude do movimento dos membros superiores foi analisada com o uso de um goniômetro – aparelho que mede um ângulo ou permite que um objeto seja girado para uma posição angular precisa.

Já a intensidade da dor foi avaliada através de uma escala visual na qual a própria paciente define o nível percebido entre leve, moderado ou intenso. A caracterização da dor, por sua vez, foi feita por meio da aplicação de um questionário.

“Avaliamos todo o contexto biopsicossocial e funcional, desde a dor que a paciente está vivendo aquele momento, o quanto que ela tem medo de se movimentar, bem como as atividades domésticas, se ela consegue vestir uma blusa, atingir o objeto acima da parede, pentear o cabelo, tomar banho [e outras atividades]”, explicou a pesquisadora.

Melhora de movimentos

O estudo clínico mostrou que, a partir da décima sessão de fisioterapia, as mulheres aumentaram significativamente todos os movimentos do ombro. Houve aumento expressivo da amplitude desses movimentos no início do tratamento e ganhos adicionais entre a décima e a vigésima sessão. “Flexão, abdução e rotação externa são os movimentos mais comprometidos no pós-operatório imediato de câncer de mama e foi possível observar a melhora significativa desses movimentos ao longo das sessões”, afirmou o Dr. Walderi Monteiro, professor de Fisioterapia da UFS.

Diminuição de dores

A pesquisa revelou ainda que a intensidade da dor leve e moderada identificada nas pacientes reduziu significativamente a partir da décima sessão. Essa diminuição também foi percebida porque, na caracterização da dor, as pacientes escolheram um número menor de palavras para caracterizar e descrever a dor ao longo das sessões.

“Além de demonstrar que as pacientes conseguem ganhar mais autonomia, mais confiança, o estudo reforça a importância de se trabalhar com os exercícios para prevenção de linfedema, que provoca o inchaço do braço. Então, acompanhá-las por mais tempo também pode possibilitar a elaboração de estratégias de prevenção do linfedema”, concluiu a professora Mariana Bergamasco.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Sergipe.

Fonte: Josafá Neto, UFS.

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