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Estudo investiga COVID-19 em pacientes grávidas com doença reumatológica
Um novo estudo descobriu que, entre pacientes com doença reumatológica, a gravidez não está associada ao aumento da COVID-19 auto-relatada, mas está associada a uma duração mais curta dos sintomas do COVID-19 e a uma prevalência mais alta de perda do olfato ou paladar. O estudo, realizado por pesquisadores do Hospital for Special Surgery (HSS), nos Estados Unidos, foi publicado online na revista científica Arthritis Care & Research.
“Os resultados podem fornecer alguma segurança aos médicos que estão cuidando de mulheres com doenças reumáticas que engravidam ou que estão pensando em engravidar durante a pandemia, porque não parece haver um risco aumentado de COVID-19, mas as descobertas precisam ser interpretadas com cautela, visto que em outros conjuntos de dados nacionais, incluindo os dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, pacientes grávidas que tiveram COVID-19 mostraram apresentar resultados potencialmente mais graves”, disse a Dra. Medha Barbhaiya, autora principal do estudo, reumatologista no HSS e professora de Medicina e Política e Pesquisa de Saúde na Escola de Medicina da Universidade Cornell.
Para o estudo, a Dra. Barbhaiya e seus colegas enviaram por e-mail uma pesquisa sobre a COVID-19 online para 26.045 pacientes na Divisão de Reumatologia do HSS: 7.094 responderam, sendo 1.547 na população-alvo de mulheres de 18 a 50 anos. 4% relataram gravidez.
A prevalência de COVID-19 autorreferida foi semelhante em mulheres grávidas e não grávidas (8% vs. 9% respectivamente; P = 0,76). Entre as mulheres com COVID-19, as mulheres grávidas tiveram uma duração mais curta dos sintomas (P <0,01) e eram mais propensas a experimentar perda do olfato ou paladar (P = 0,02) do que mulheres não grávidas. Uma doença reumática sistêmica estava presente em aproximadamente três quartos das mulheres, sem diferenças quando estratificada por gravidez ou status de COVID-19. Enquanto 67% das mulheres grávidas relataram mudanças no cuidado pré-natal durante a pandemia, 23% das mulheres no pós-parto afirmaram que a pandemia afetou o parto.
“Essas descobertas são novas e devem ser investigadas em outras coortes. Esperamos que estudos futuros avaliem os resultados de longo prazo de pacientes reumatológicos e seus filhos que foram expostos ao COVID-19 durante a gravidez, que nosso estudo transversal não pôde abordar ”, disse a Dra. Medha Barbhaiya.
“Por que pacientes grávidas são mais propensas a apresentar esses sintomas merece um estudo mais aprofundado. Esta descoberta única pode nos ajudar a entender melhor a imunologia de ambas as condições”, disse a Dra. Lisa A. Mandl, autora sênior do estudo, reumatologista do HSS e também professora da Escola de Medicina da Universidade Cornell. “Esses dados também sugerem que o teste para COVID-19 em mulheres grávidas que perdem o paladar ou olfato pode ajudar na identificação oportuna de COVID-19 nessas pacientes vulneráveis”, concluiu a Dra. Lisa Mandl.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página do HSS.
Fonte: Hospital for Special Surgery.
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