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Estudo da Faculdade de Medicina da UFMG revela aumento na incidência de sífilis em gestantes

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

sexta-feira. 23 setembro 2022 07:10

Pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificou aumento progressivo das taxas de detecção da sífilis em gestantes e a incidência em crianças, no período de 2010 a 2018, no município de Betim (MG), Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo a Dra. Cristiane Campos Monteiro, pesquisadora que desenvolveu o estudo durante seu doutorado no Programa de Pós-graduação em Infectologia e Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da UFMG, a taxa de gestantes infectadas com sífilis passou, nesses oito anos, de 1,8 para 19,7 a cada mil bebês nascidos vivos. E o número de bebês com sífilis congênita (transmitida da mãe para a criança) aumentou de 1,7 para 10,5 a cada mil nascidos vivos. Esses dados foram encontrados na análise realizada com 411 gestantes e 289 crianças.

Os dados são preocupantes, na avaliação da Dra. Cristiane Monteiro, já que a identificação precoce, durante o pré-natal, é fundamental para o sucesso do tratamento e interrupção do ciclo de transmissão, reduzindo, assim, as diversas consequências que a sífilis pode causar à saúde da mãe e do bebê.

Tratamento incompleto

No entanto, a pesquisa revelou que 97,9% das gestantes diagnosticadas nas consultas de pré-natal não completaram o tratamento ou não foram incluídas nas notificações. Não foram notificados 40,9% dos quadros de sífilis congênita e 33,3% dos óbitos infantis pela doença, bem como 17,2% dos casos da sífilis em gestantes.

Apesar de os dados serem específicos de Betim, a pesquisadora destacou que a subnotificação é um problema em todo o Brasil e que os resultados da pesquisa, que se baseou em três bancos de dados, só reforçam a importância de uma assistência à saúde de qualidade à gestante, ao parceiro e à criança. A Dra. Cristiane Monteiro analisou os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) do município de Betim.

Outro dado da pesquisa que chama a atenção é que 88,2% dos parceiros sexuais não se trataram, pondo a gestante em risco de reinfecção. Por esse motivo, a pesquisadora destacou a necessidade do aumento na qualidade da assistência médica no pré-natal, desde o preenchimento de dados no cartão da gestante, já na notificação, até a abordagem do parceiro sexual para que ele também se trate.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Minas Gerais.

Fonte: Madu Mendonça, Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG.

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