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COVID-19: Fiocruz lança documento sobre saúde da criança e do adolescente

Fonte

Fiocruz | Fundação Oswaldo Cruz

Data

quinta-feira. 10 setembro 2020 07:15

Diante da pandemia pelo novo coronavírus, causador da COVID-19, especialistas do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) produziram um documento intitulado COVID-19 e Saúde da Criança e do Adolescente, com o intuito de fortalecer a capacidade de atenção à saúde das crianças e adolescentes no Brasil, na conjuntura atual. O documento lançado aborda aspectos clínicos e epidemiológicos da COVID-19 na infância e adolescência, suas repercussões na saúde mental, as desigualdades sociais e o papel das políticas públicas nesse contexto; aspectos nutricionais, de atividade física; e os desafios para a cobertura vacinal e para a atenção no período neonatal em tempos de coronavírus.

O material “traz um olhar sobre como são significativos os diferentes problemas enfrentados pela população pediátrica diretamente e indiretamente pelo vírus. Sua criação surgiu no contexto da disseminação de conhecimento sobre os efeitos agudos e tardios da COVID-19 no Portal de Boas Práticas do IFF/Fiocruz”, comentou o Dr. Márcio Nehabo, pediatra do IFF/Fiocruz e organizador do documento.

Sobre o contágio de COVID-19 nos recém-nascidos, a gestora da Área de Atenção Clínica ao Recém-Nascido do IFF/Fiocruz, enfermeira Dra. Karla Pontes, e o neonatologista do Instituto Dr. José Roberto de Moraes Ramos, coautores do documento, afirmaram que “os dados produzidos são muito dinâmicos, tendo em vista que estamos a cada dia aprendendo com a evolução dessa nova doença. No entanto, as evidências da ciência têm sugerido que a via principal de transmissão da COVID-19 para o recém-nascido é através de gotículas dos cuidadores infectados ou por material biológico contaminado. Parece que a transmissão mãe-bebê é possível, mais ainda não existem evidências sólidas que a comprovem e não parece ser frequente”.

A recomendação geral para os envolvidos nos cuidados de recém-nascidos é seguir as normas de responsabilidade de todos diante da pandemia. “Em casa, os cuidados devem ser focados em relação a evitar visitas e saídas desnecessárias, e higienizar sempre as mãos antes e após manuseio do recém-nascido. Caso necessitem sair, os pais devem sempre usar máscara e higienizar as mãos ao retornar para casa”, orientaram Karla Pontes e José Roberto de Moraes. No documento também se encontram algumas orientações importantes para os cuidados nas maternidades.

Vale lembrar que se proteger não constitui apenas em um ato de ajuda individual ou apenas da família, mas sim um ato de solidariedade. “No documento, ressaltamos que as desigualdades sociais do nosso país foram fatores muito evidentes em relação à morbidade e mortalidade materna. Por exemplo, no nosso território a mortalidade tem sido observada significativamente mais evidente em classe social mais desfavorável. Nesse sentido, proteger-se é também ajudar o próximo”, enfatizou a Dra. Karla.

O impacto da pandemia atual na saúde infantil é abordado no documento, conforme análise dos seus efeitos diretos — aqueles causados diretamente pela infecção do novo coronavírus — e os seus efeitos indiretos — que são aqueles decorrentes das medidas de distanciamento social adotadas para o controle da pandemia. As manifestações mais graves são a Síndrome Respiratória Angústia Grave (SRAG) e a Síndrome Inflamatória Multissistêmica da Criança (MIS-C), as quais requerem internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e acompanhamento multiprofissional, e também são tratadas no documento.

Acesse o documento COVID-19 e Saúde da Criança e do Adolescente.

Acesse a notícia completa na página da Fiocruz.

Fonte: Mayra Malavé, IFF/Fiocruz.

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