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Cientistas do Technion desenvolveram novo adesivo para o diagnóstico da tuberculose

Divulgação, Technion

Fonte

Technion | Instituto de Tecnologia de Israel

Data

quarta-feira, 30 junho 2021 06:10

Áreas

Bioeletrônica. Diagnóstico. Engenharia Biomédica. Medicina. Saúde Pública.

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Israel (Technion) demonstraram um novo meio de diagnosticar a tuberculose por meio de um adesivo que captura os compostos liberados pela pele. Usando uma análise de inteligência artificial (IA) desses compostos, os cientistas foram capazes de fornecer um diagnóstico rápido e não invasivo. A pesquisa foi publicada na revista científica Advanced Science.

Em implementações futuras, o grupo planeja integrar os sensores ao adesivo e usar um smartphone para ler seus resultados.

Em 2019, cerca de 10 milhões de pessoas adoeceram com tuberculose e 1,4 milhão morreram da doença. Estima-se que cerca de um terço da população mundial esteja infectada pela bactéria da tuberculose. Desde 1993, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a tuberculose como uma “emergência de saúde global”. O tratamento eficaz para a tuberculose está disponível, mas o diagnóstico continua a ser um obstáculo, com cerca de 3 milhões de casos perdidos anualmente.

Os primeiros sintomas da tuberculose são inespecíficos, complicando o diagnóstico. O que torna o cenário ainda pior é que os métodos de diagnóstico atualmente existentes são lentos e, às vezes, muito caros ou complexos para ambientes com recursos limitados. Por exemplo, um teste de cultura de micobactérias leva de 4 a 8 semanas e pelo menos três visitas do paciente para finalizar o diagnóstico e começar o tratamento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera um teste de tuberculose rápido, barato e eficiente como crucial para o combate à doença. E é essa necessidade que a equipe do Dr. Hossam Haick, professor do Departamento de Engenharia Química do Technion aborda em seu estudo inovador. O grupo de pesquisa criou um adesivo para ser aplicado no braço do paciente que contém uma bolsa de material absorvente, e assim o adesivo coleta compostos liberados pela pele. Estes compostos forneceram a possibilidade de diagnóstico procurada.

Um dispositivo baseado neste estudo de prova de conceito, chamado A-patch, já está passando por testes clínicos. A Dra. Rotem Vishinkin, a líder científica do projeto, explicou: “nossos estudos iniciais, feitos em um grande número de indivíduos na Índia e na África do Sul, mostraram alta eficácia no diagnóstico da tuberculose, com mais de 90% de sensibilidade e mais de 70% de especificidade. Mostramos que a tuberculose pode ser diagnosticada por meio dos compostos liberados pela pele. Nosso desafio atual é minimizar o tamanho do conjunto de sensores e encaixá-lo no adesivo”.

A plataforma que o grupo está desenvolvendo é barata, rápida e simples na sua utilização e não requer pessoal especialmente treinado. O grupo espera que a mesma metodologia e a mesma plataforma possam, no futuro, ser usadas para diagnosticar outras doenças e condições, tornando o diagnóstico eficaz acessível a áreas remotas do mundo.

Os estudos clínicos foram conduzidos na Universidade da Cidade do Cabo (UCT) e no Hospital Groote Schuur, na África do Sul, no Instituto de Ciências Médicas da Índia, na Universidade da Letônia e no Hospital da Universidade de Riga East, na Letônia.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Technion (em inglês).

Fonte: Technion. Imagem: Divulgação, Technion.

 

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