Notícia

Bichectomia reduz o tamanho da bochecha

Risco de recidiva é baixo, mesmo quando o paciente torna-se obeso

Pixabay

Fonte

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

Data

sexta-feira, 21 abril 2017 19:15

Áreas

Estética. Cirurgia Plástica. Cirurgia Bucomaxilofacial.

A face apresenta uma anatomia complexa. Entre suas múltiplas e delicadas estruturas, há diversos compartimentos de gordura, que funcionam como “coxins” de proteção. Entre estes compartimentos, existe um que se estende quase que ao longo de toda a superfície lateral do rosto, em plano profundo, desde a têmpora até próximo à mandíbula, recebendo o nome de Bola ou Bolsa de Bichat, em homenagem ao anatomista francês que primeiro o descreveu. Na região do “oco” da cavidade oral (região das bochechas) é onde apresenta maior espessura, podendo, quando em grande volume, dar aspecto mais arredondado ao rosto (com importante componente genético).

Bichectomia é o nome dado à retirada cirúrgica de parte desse compartimento de gordura da(s) bochecha(s), normalmente até 2/3 do total, localizado entre os músculos bucinador e masseter, visando modificar e afinar o contorno facial.

A indicação desse procedimento visa a correção estético-funcional para equilibrar o excesso das bochechas que dão a aparência de rosto arredondado, pesado e cansado. A princípio, homens e mulheres poderiam se beneficiar, estando desaconselhado para pacientes abaixo dos 18 anos ou fora do peso ideal.  A via de acesso cirúrgica é realizada através de pequena incisão na cavidade oral logo abaixo do ducto da glândula parótida e ligeiramente à frente ou atrás do mesmo, com aproximadamente 1,5 cm de comprimento na sua maior extensão. A divulsão dos planos anatômicos deve prosseguir delicadamente, tendo em vista que estruturas nobres tais como ramos da artéria facial, maxilar e do nervo facial encontram-se nas imediações. Em geral, a cirurgia dura entre 40 e 60 minutos.

Riscos

Os riscos mais comuns são o sangramento, a infecção e aqueles relacionados às estruturas anatômicas locais como a lesão do óstio do ducto parotídeo (por onde a saliva – secretada pela glândula parótida – chega à boca) e dos ramos bucais do nervo facial (responsáveis pela movimentação de parte da musculatura da boca), o que poderia favorecer lesão inadvertida destas estruturas com problemas na salivação e paralisia facial. Outro risco possível, refere-se à proteção das vias aéreas, que são vulneráveis a líquidos ou fragmentos que porventura viessem a se deslocar posteriormente na boca, particularmente em pacientes com nível de consciência rebaixado (sob efeito de anestésicos), sendo necessário que o procedimento seja realizado por profissionais capacitados e em ambiente adequado. O risco de recidiva do acúmulo de gordura na região é reduzido, mesmo nos casos onde o paciente torna-se obeso.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Imagem: Pixabay.

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