Notícia

Bandagem regenerativa acelera cicatrização em feridas diabéticas

Hidrogel aproveita os mecanismos de cura do corpo, em vez de liberar drogas ou produtos biológicos

Divulgação, Universidade Northwestern

Fonte

Universidade Northwestern

Data

sábado, 16 junho 2018 15:30

Áreas

Biotecnologia. Engenharia Biomédica.

Um simples arranhão ou ferida pode não causar alarme para a maioria das pessoas. Mas para os pacientes diabéticos, um arranhão não tratado pode se transformar em uma ferida aberta e levar à amputação de um membro ou mesmo à morte.

Uma equipe da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, desenvolveu um novo dispositivo, chamado bandagem regenerativa, que cura rapidamente  feridas dolorosas e difíceis de tratar sem o uso de drogas. Durante os testes, a bandagem da Northwestern curou feridas diabéticas 33 por cento mais rápido do que uma das bandagens mais populares atualmente no mercado.

“A novidade é que identificamos um segmento de uma proteína na pele que é importante para a cicatrização de feridas; então, fabricamos o segmento e o incorporamos em uma molécula antioxidante que se auto-agrega na temperatura corporal para criar uma estrutura que facilita a regeneração do tecido, no local da ferida ”, explicou o Dr. Guillermo Ameer, líder do estudo e professor da Universidade Northwestern. “Com essa abordagem mais recente, não estamos lançando drogas ou fatores externos para acelerar a recuperação. E funciona muito bem.”

Como o curativo aproveita o poder de cura do corpo sem liberar drogas ou produtos biológicos, ele enfrenta menos obstáculos regulatórios. Isso significa que pode chegar mais rapidamente ao mercado. A pesquisa foi publicada no último dia 11 de junho na revista científica Proceedings of National Academy of Sciences. Embora o laboratório do Dr. Guillermo Ameer esteja especificamente interessado em aplicações de diabetes, a bandagem pode ser usada para curar todos os tipos de feridas abertas.

Especialista em biomateriais e engenharia regenerativa, o Dr. Guillermo é professor do curso de engenharia biomédica, professor de cirurgia na Escola de Medicina e diretor do novo Centro de Engenharia Regenerativa Avançada da Universidade Northwestern.

O segredo por trás da bandagem regenerativa do Dr. Guilermo Ameer é a laminina, uma proteína encontrada na maioria dos tecidos do corpo, incluindo a pele. A laminina envia sinais para as células, incentivando-as a se diferenciarem, migrarem e aderirem umas às outras. A equipe do especialista identificou um segmento de laminina – com 12 aminoácidos de comprimento – chamado A5G81, que é crítico para o processo de cicatrização de feridas. “Esta seqüência em particular chamou nossa atenção porque ativa os receptores celulares para fazer as células aderirem, migrarem e proliferarem”, disse o pesquisador. “Então nós cortamos a sequência para encontrar o tamanho mínimo que precisávamos para que funcionasse.”

Ao usar um fragmento tão pequeno de laminina em vez de toda a proteína, ela pode ser facilmente sintetizada em laboratório – tornando-a mais reproduzível e mantendo os custos de fabricação baixos. A equipe de pesquisa incorporou o A5G81 em uma bandagem de hidrogel antioxidante desenvolvida anteriormente no laboratório.

A natureza antioxidante do curativo combate a inflamação. E o hidrogel é termicamente reativo: é um líquido quando aplicado, mas rapidamente ganha consistência na forma de um gel quando exposto à temperatura corporal. Essa mudança de fase permite que a substância se adapte à forma exata da ferida – uma propriedade que pode ajudar a superar as outras bandagens no mercado.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Northwestern (em inglês).

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Fonte: Amanda Morris, Universidade Northwestern. Imagem: Divulgação, Universidade Northwestern.

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