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Audição: atenção, cuidados e educação evitam problemas

Ações de prevenção e promoção da saúde são importantes para tentar evitar o aparecimento de deficiências auditivas

Getty Images

Fonte

UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Data

sábado, 13 outubro 2018 11:40

Áreas

Fonoaudiologia.

Os sons do organismo materno, a voz dos pais e até mesmo algumas músicas podem ser ouvidas por um ser humano ainda em formação. É por meio da audição que acontecem as primeiras interações com o mundo externo e, após o nascimento, a capacidade auditiva continua importante para interagir e falar. Afinal, somente é possível desenvolver a oralidade escutando os outros. Porém, essa tarefa é desafiadora para mais de 460 milhões de pessoas ao redor do planeta que possuem algum problema auditivo, conforme estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para combater essa elevada estatística, um dos caminhos é a prevenção e a promoção de saúde, conforme explica a professora do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Dra. Eliene Silva Araújo. Isso porque, segundo a OMS, cerca de 75% das causas de perda auditiva podem ser prevenidas nos recém-nascidos, o que diminuiria drasticamente o atual cenário, com 34 milhões de crianças que apresentam deficiência. Existem fatores genéticos e de risco para os problemas, como doenças – rubéola, toxoplasmose, sífilis, entre outras – e complicações no parto, inclusive prematuridade, baixo peso, permanência na UTI e uso de remédios.

As ações necessárias incluem cuidados com a gestante e orientações educativas, com destaque para a relevância do teste da orelhinha, garantido em lei para avaliar a normalidade da audição após o nascimento. O acompanhamento deve continuar durante o desenvolvimento da criança, que pode apresentar perda auditiva tardia. “O aprendizado da audição e da fala acontece em etapas. Caso os familiares percebam algum atraso, devem procurar nova avaliação. Quanto antes o diagnóstico, mais favorável a reabilitação”, recomenda Eliene Silva. Isso porque, caso o tratamento adequado aconteça em tempo hábil, é possível adquirir normalmente a linguagem oral. O ideal é fazer alguma intervenção até o sexto mês de vida, pois os resultados são limitados nas idades mais avançadas.

As perdas auditivas acontecem em diferentes graus, passando pelas progressivas, profundas e surdez total. Há diferentes condutas médicas para cada grau, desde a prescrição de medicamentos até o uso de aparelho auditivo ou implante coclear – dispositivo eletrônico implantado cirurgicamente, que substitui a cóclea e estimula o nervo auditivo a enviar informações para o cérebro. Apesar de não proporcionarem uma audição semelhante à natural, tais mecanismos tecnológicos contribuem para a comunicação e a consequente inserção social nos ambientes escolares, familiares, acadêmicos, de trabalho, entre outros.

Doutores Mirins

A conscientização desde a infância é o caminho para prevenir o avanço dos problemas auditivos, que tendem a ser mais frequentes nos próximos anos: a OMS estima que 900 milhões de pessoas podem ter surdez até 2050, quase o dobro da quantidade atual. Porém, no Rio Grande do Norte existem poucas ações de promoção da saúde na área de audiologia, também carente de cobertura para atendimento gratuito à população. De acordo com a professora Eliene Silva, foi nesse contexto que surgiu a ideia de implantar o projeto de extensão Doutores Mirins, ação educativa voltada a crianças do Ensino Fundamental de escolas públicas e privadas, desenvolvida em parceria com o Departamento de Fonoaudiologia da Universidade de São Paulo (USP).

No RN, a iniciativa começou no primeiro semestre de 2018, na Associação Espírita Joanna de Ângelis (AEJA), em Parnamirim, onde foram transmitidos de forma lúdica os conhecimentos sobre saúde auditiva. Neste semestre, o projeto acontece em quatro escolas, sendo duas em Natal e duas em João Câmara. O grupo, coordenado pela Dra. Eliene Silva e formado por oito estudantes de graduação e uma de mestrado do Departamento de Fonoaudiologia da UFRN, e ensina desde a prevenção até as causas da deficiência auditiva, além da melhor forma de higienização e o funcionamento do sistema auditivo, com a utilização de materiais produzidos pelos próprios universitários.

Acesse a matéria completa na página da UFRN.

Fonte:  Marina Gadelha, Ascom-Reitoria UFRN.

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