Notícia

Artroplastias por via ambulatorial vêm crescendo nos Estados Unidos

Cirurgias por via ambulatorial reduzem o tempo de internação

Getty Images

Fonte

Tech4Health

Data

quarta-feira, 9 março 2016 07:45

Áreas

Ortopedia. Traumatologia. Biomecânica. Reabilitação.

Nos Estados Unidos da América, estima-se que aproximadamente 52 milhões de pessoas sejam afetadas pela osteartrose (OA), com previsão desse montante aumentar 67 milhões de pessoas (25% do total da população) até o ano de 2030. Dentre as principais causas para o desenvolvimento da OA destacam-se: acidentes (veículos automotores, quedas, atropelamentos, acidentes de trabalho), lesões esportivas, serviço militar e osteoporose. O custo estimado para o tratamento da OA nos EUA fica ao redor de U$ 580 bilhões de dólares por ano, com previsão para um aumento substancial nos próximos anos .

As cirurgias ortopédicas para substituição articular, conhecidas como artroplastias, são realizadas em pacientes que apresentam desgaste da cartilagem articular (OA) em grau moderado ou avançado, sem melhora com medicações e fisioterapia. A principal queixa é a dor que piora conforme ocorre um aumento da solicitação mecânica, como por exemplo, caminhadas prolongadas, carregar objetos pesados, subir e descer escadas. Outros sintomas como perda de movimento articular, inchaço e deformidade angular (perna entortando) podem acompanhar o quadro.

Recentemente, devido ao aumento da demanda por artroplastias, alguns centros médicos especializados têm realizado as cirurgias por via ambulatorial (AVA), sem que o paciente fique internado no hospital por um período de tempo prolongado. O paciente ideal deve apresentar idade inferior a 65 anos e poucas comorbidades cirúrgicas (obesidade, tabagismo, diabetes e doença cardíaca controladas). A AVA permite ao paciente ir para a casa no mesmo dia da cirurgia ou em 2 dias, geralmente assistido por enfermeiras e fisioterapeutas especializados que irão monitorar o decorrer da recuperação pós-operatória.

No Congresso Americano de Ortopedia, realizado entre os dias 01 e 05 de março de 2016, em Orlando, EUA, o cirurgião Alexander P. Sah de Fremont, da Califórnia, apresentou  um estudo demonstrando  sua experiência inicial com AVAs para prótese total de joelho (PTJ). Foram avaliados dois grupos, sendo que um grupo iniciou a fisioterapia logo após a alta hospitalar e outro grupo seguiu o protocolo tradicional iniciando a fisioterapia mais tarde. No estudo, não foi observada uma elevação em complicações como rigidez articular e sangramento no grupo AVA, sendo que 72% desses pacientes submetidos a PTJ tiveram alta hospitalar no mesmo dia. A tendência de aumento das AVAs já havia sido relatado por cirurgiões da Universidade de Duke, em um estudo apresentado no Congresso Americano de Ortopedia em 2015. As AVAs não foram implementadas no Brasil em nenhum centro especializado até o momento.

Fonte: Tech4Health. Imagem: Getty Images.

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