Notícia

A meditação pode ajudar a errar menos?

Pesquisa avançou no entendimento de como a meditação de monitoramento aberto afeta o reconhecimento de erros

Unsplash

Fonte

Universidade Estadual do Michigan

Data

quarta-feira, 13 novembro 2019 07:25

Áreas

Neurociências. Psicologia.

Se você está acostumado a esquecer alguma coisa ou cometer erros quando está com pressa, um novo estudo da Universidade Estadual do Michigan, nos Estados Unidos – o maior do gênero até o momento – descobriu que a meditação pode ajudá-lo a se tornar menos propenso a erros.

A pesquisa, publicada na revista científica Brain Sciences, testou como a meditação de monitoramento aberto – ou meditação que concentra a consciência em sentimentos, pensamentos ou sensações à medida que se desdobram na mente e no corpo – alterou a atividade cerebral de uma maneira que sugere maior reconhecimento de erros.

“O interesse das pessoas em meditação e atenção plena está superando o que a ciência pode provar em termos de efeitos e benefícios”, disse Jeff Lin, candidato a doutorado em psicologia e co-autor do estudo. “Mas é incrível que fomos capazes de ver como uma sessão de meditação guiada pode produzir mudanças na atividade cerebral em não-meditadores”, destacou o pesquisador.

Os resultados sugerem que diferentes formas de meditação podem ter efeitos neurocognitivos diferentes e Lin explicou que há pouca pesquisa sobre como a meditação de monitoramento aberto afeta o reconhecimento de erros.

“Algumas formas de meditação focam em um único objeto, geralmente a respiração, mas a meditação de monitoramento aberto é um pouco diferente. Você tem que se sintonizar e prestar atenção em tudo que está acontecendo em sua mente e corpo. O objetivo é sentar-se em silêncio e prestar muita atenção para onde a mente viaja sem se deixar levar pela paisagem”, explicou Jeff Lin.

Os pesquisadores recrutaram mais de 200 participantes para testar como a meditação de monitoramento aberto afetava como as pessoas detectam e respondem a erros. Os participantes, que nunca haviam meditado antes, foram submetidos a um exercício de meditação de monitoramento aberto de 20 minutos, enquanto os pesquisadores mediram a atividade cerebral através da eletroencefalografia (EEG). Depois, eles concluíram um teste de distração computadorizado.

“O EEG pode medir a atividade cerebral no nível de milissegundos, por isso, temos medidas precisas da atividade neural logo após os erros, comparadas às respostas corretas”, disse Lin. “Um certo sinal neural ocorre cerca de meio segundo após um erro chamado positividade do erro, que está ligado ao reconhecimento consciente de erros. Descobrimos que a força desse sinal é aumentada nos meditadores em relação aos indivíduos controles. ”

Embora os meditadores não tenham melhorado imediatamente o desempenho real das tarefas, as descobertas dos pesquisadores oferecem uma janela promissora para o potencial da meditação sustentada.

Embora a meditação e a atenção plena tenham ganhado interesse popular nos últimos anos, Lin está entre um grupo relativamente pequeno de pesquisadores que adotam uma abordagem neurocientífica para avaliar seus efeitos psicológicos e de desempenho.

Olhando para o futuro, Jeff Lin disse que a próxima fase da pesquisa será incluir um grupo mais amplo de participantes, testar diferentes formas de meditação e determinar se as mudanças na atividade cerebral podem se traduzir em mudanças comportamentais com mais práticas em longo prazo.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Estadual do Michigan (em inglês).

Fonte: Universidade Estadual do Michigan. Imagem: Unsplash.

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